Curso de Direito da FAL realiza Encontro Síncrono com docente representante do povo Tremembé

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Atento ao encontro da teoria com a complexidade social, o curso de Direito da Faculdade Alencarina de Sobral (FAL) realizou, no dia 13 de maio, um Encontro Síncrono com o representante indígena do grupo populacional dos Tremembés. O evento, no formato virtual, teve por objetivo discutir a dimensão de vulnerabilidade desses povos diante da pandemia do COVID-19. Através de videoconferência, o Encontro Síncrono representou uma atividade do Projeto “Direito e Cultura”, da disciplina de História do Direito, sob a supervisão da Profa. Me. Valéria Abreu.

De acordo com dados da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), o Brasil é o país com o maior número de contaminados pelo novo CORONAVÍRUS entre os povos originários. O aumento da contaminação tem acontecido de maneira exponencial. Diante dessa realidade, o curso de Bacharelado em Direito provocou uma discussão acerca do Enfrentamento do Covid-19 com o Prof. Getúlio Tremembé, representante do Povo Tremembé na Comissão Institucional de Educação Escolar Indígena do Estado do Ceará, e gestor da Escola Indígena Tremembé Maria Venância, localizada na Aldeia Praia de Almofala, município de Itarema.

Durante a entrevista, o professor Getúlio demonstrou grande preocupação com seus pares, cuja chegada da epidemia já ameaça territórios e povos indígenas da referida aldeia com potenciais impactos para as famílias que ali vivem. O docente enfatizou que “os povos Tremembés estão expostos ao novo coronavírus e são diversos os desafios”. E destaca que: “um fato histórico dos índios, que já viviam em isolamento por muito tempo, praticamente durante toda a sua existência, implica em maior vulnerabilidade, porque eles não têm imunidade para as doenças das pessoas que vivem na cidade”, salientou o educador.

Segundo pesquisas da Fundação Nacional do Índio (Funai), divulgadas no jornal El País, se dentro de um grupo indígena uma doença não for tratada, ela pode exterminar de 50% a 90% da coletividade. No caso da Covid-19, esse potencial pode se intensificar de forma exponencial. Sendo assim, a professora Valéria Abreu destaca: “todos os seres humanos são suscetíveis à doença, mas ao longo da história percebemos que doenças infeciosas, quando manifestadas em grupos indígenas, tem a tendência de se espalhar rapidamente e atingir grande parte dessas populações, com agressões mais graves em crianças e idosos”, frisou a docente.

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